quinta-feira

A Vida de um Militante é Sempre de Sua Causa.

Ainda que seja forte a jornada
e meu espírito ferrenho aqueça,
eu luto claramente por beleza,
por um amor,natureza acabada.

De toda vida só carrego a minha
no coração carrego mais de mil
por mais que peça a você que venha,
carrego em mim as cores do Brasil.

Levo a coragem da mudança intensa,
o que preciso,voltar a lutar,
pois nada vai mudar a minha crença,
de que estou bem onde devo estar.

Não pego em armas,só meu coração,
de vida livre a liberdade sofre,
mantenho minhas armas em um cofre,
à minha eterna luta contra o não.

Basta minha estrela tornar-me imortal
lutando ou nunca sucumbindo ao não.

sexta-feira

Zé Ninguém

É, pois é, estou procurando o José
Ele não é um qualquer
É um cara trabalhador
Mas não é nenhum doutor
Até que ganha o seu trocado
O suficiente pra comer no feriado
Pois que um belo dia José não chega
Deixa seus filhos sem pão nem manteiga
Para os pequenos não há mais feriado
Todo dia agora é dia de trabalho dobrado.

Renascimento e Força.

É pra você, o meu crítico que consegue falar tudo sem ofender a ninguém, a delicadeza de uma manada de elefantes passando por cima da gente, ou uma borboleta voando entre as folhas verdes, Daniel Dargains.

Olhe em volta.
Apesar da tristeza muita,
da loucura insana e
do dinheiro pouco,
as flores tem seu valor.

Procure entender.
O aroma é esperança,
as pétalas vão caindo e
crescendo no peito,
na alma.

O respeito de ter como símbolo
a flor pulsante de alegria intensa,
imensa.

Nem toda flor é submissa à escuridão do não.

Os dogmas,a doença,a morte,o inferno,o ato de se conhecer e o julgar.

O espaço para escrever era pequeno,
o quarto também.

A sua vida era medíocre,
a poesia também.

Tentava ser o que não era,ser aceito,
o homem também.

Fazia tempo que não chorava,
os ditadores também.

Queria tudo a seu favor,
os políticos também.

Favorecia a morte,seja lá que forma fosse,
o crime também.

A garganta era pequena,
o ar também.

Ele olhou em volta,
a morte também.

Não viu ninguém,
e nem precisava.

tinha a vida dele nas mãos,
o suor calado de alguém sufocando,
e ele em si também calado.

A morte sorriu,triunfante,
e ele não.

Tinha desaprendido a sorrir,
e naquele momento em particular,
só lhe deu mesmo vontade de acabar com tudo.

Vagando ele foi aos infernos,
e lá encontrou criminosos,ditadores,políticos.

E também ele próprio.

Esperou se conhecer,para só então poder julgar.
Sou melhor que qualquer um?
Você é?
Quem será?

Espere a morte chegar.

Tanta dor,tanto amor,
perdi,enfim,o meu glamour.
Sempre que podia me lembrava disso tudo,
mas agora não mais quero pensar,
quero mesmo é sentir.

quinta-feira

As últimas cartadas

E agora jogador?

Todos prontos pra bater,
Última rodada
Dê a sua cartada
Ou você perderá

Não exite,
Apenas jogue
Os números estão ao seu favor

Pense em tudo que pensam,
As jogadas escondidas que fariam,
Sinta-se as cartas,
Sinta-se o adversário,
O oposto da mesa contra você
Última chance de cartear a sorte

Dá tempo de comprar mais uma
E tramar uma nova estratégia

Único problema é acertar,
Mas jogar é preciso

Já quando não perceber
Ou simplesmente não tiver mais vontade
Gire sua cadeira e saia
O jogo acabou.

Sinta-se

Feche a porta e as janelas
Sinta seu vazio
Escute as vozes
O vento
O gotejar da chuva

Ainda que sozinho
A companhia indiscreta do seu eu
Te faz pensar naquilo que lhe cabe
Naquilo que te dá vontade

Percebe? Solidão vem e vai
Amigos
Intelectualidade
Matéria
E tudo se vai, as vezes sem vir
Mas você... ora, fique
Seu coração ainda bate e sente.